Fertilidade feminina: Quando o corre o período fértil e o que causa infertilidade?
Guias
21 Apr 2025
Conhecimento é poder. Na fertilidade também!
Compreender a fertilidade feminina é essencial para quem está a pensar engravidar ou aumentar a família.
Ao saber quando ocorre o período fértil e ao reconhecer os primeiros sintomas de infertilidade, pode ter mais controlo sobre a sua fertilidade.
Neste guia, vamos explicar qual o melhor momento para engravidar, quantos óvulos uma mulher tem, como funcionam os testes de fertilidade e quais são as causas mais comuns de infertilidade.
Quando falamos da quantidade e qualidade dos óvulos, a fertilidade feminina atinge o pico entre o final da adolescência e o final dos 20 anos. A partir dos 30, a fertilidade começa a diminuir gradualmente, com uma descida mais acentuada após os 35.
Se estivermos a falar do ciclo menstrual, a altura mais fértil acontece durante uma fase muito curta conhecida como “período fértil”, que dura entre 12 a 24 horas após a ovulação. Por isso, é essencial acertar no momento ideal, quando se tenta engravidar.
Como funciona a relação entre o ciclo menstrual e a fertilidade?
A fertilidade está diretamente ligada ao seu ciclo menstrual, que pode variar entre 21 a 35 dias.
A ovulação acontece quando o ovário liberta um óvulo maduro, normalmente cerca de 14 dias antes da próxima menstruação.
No entanto, este momento ideal pode variar. Por exemplo: se o seu ciclo dura 28 dias, poderá ovular no 14.º dia, mas ciclos mais curtos ou mais longos significam que a ovulação pode acontecer mais cedo ou mais tarde.
Quanto tempo dura o período fértil?
Muitas pessoas não têm noção de quão curto o período fértil é. O óvulo sobrevive apenas entre 12 a 24 horas após a ovulação, por isso o momento certo faz toda a diferença. Uma vez que os espermatozoides sobrevivem no corpo da mulher até 5 dias, os dias mais férteis são os 5 dias antes da ovulação e o próprio dia da ovulação.
Pico do período fértil
Os dias que antecedem a ovulação, juntamente com o próprio dia da ovulação, são chamados de período fértil.
Dias mais férteis: Os 5 dias antes da ovulação e o dia da ovulação são os que apresentam maior probabilidade de engravidar.
Porque é que o momento ideal é tão importante : O espermatozoide pode sobreviver até 5 dias no aparelho reprodutor feminino, mas o óvulo vive apenas 12 a 24 horas. Por isso, entender quando ocorre este período é essencial para quem está a tentar engravidar.
Testes de ovulação em casa
Os testes de ovulação podem ajudar a identificar o momento certo para engravidar, detetando o pico da fertilidade.
Sintomas de ovulação
Reconhecer os sinais da ovulação pode ajudá-la a perceber quando está no seu pico de fertilidade. Preste atenção a:
Aumento do muco cervical (transparente e elástico, semelhante à clara de ovo)
Dor leve na zona pélvica ou abdominal (dor da ovulação)
Aumento ligeiro da temperatura basal do corpo
Alterações na posição do colo do útero
Quando é a melhor altura para ter um bebé?
A melhor altura para ter um bebé depende de vários fatores: a sua saúde, estilo de vida e planos de vida.
Biologicamente, as mulheres são mais férteis entre os 20 e os 30 e poucos anos, mas atualmente muitas optam por adiar a gravidez, seja para investir na carreira, viajar ou alcançar estabilidade financeira.
Engravidar mais tarde pode ser um pouco mais difícil, mas muitas mulheres têm gravidezes saudáveis no final dos 30 ou mesmo nos 40. E, se for necessário, existe sempre apoio médico disponível para ajudar.
Redução da fertilidade relacionada com a idade
Dos 20 aos 30 e poucos anos: fase de maior fertilidade e melhores hipóteses de engravidar.
A partir dos 35 anos: a fertilidade começa a diminuir, tanto em número como em qualidade dos óvulos.
Se pondera ser mãe mais tarde, a criopreservação de óvulos pode ser uma opção a considerar. Criopreservar os óvulos durante os anos de maior fertilidade permite-lhe utilizá-los quando realmente se sentir pronta. Muitas mulheres preferem esta opção, por trazer maior flexibilidade e tranquilidade.
Fertilidade: quantos óvulos tem uma mulher?
As mulheres nascem com todos os óvulos que vão ter ao longo da vida. No momento em que nascem, têm cerca de 1 a 2 milhões de óvulos, mas este número vai diminuindo ao longo dos anos.
Quantidade de óvulos ao longo da vida
Ao nascer: cerca de 1 a 2 milhões de óvulos
Na puberdade: 300.000 a 400.000 óvulos
Durante a fase reprodutiva: cerca de 300 a 400 óvulos são libertos durante a ovulação
Após os 35 anos: tanto a qualidade como a quantidade de óvulos diminuem mais rapidamente
Este declínio faz parte do envelhecimento natural, mas se quiser saber mais sobre a sua reserva ovárica, existem testes que podem dar uma visão mais clara da sua fertilidade atual.
Testes de fertilidade feminina: como funcionam?
Os testes de fertilidade ajudam a identificar possíveis causas de infertilidade e a orientar o tratamento mais adequado. Se está a tentar engravidar e não está a conseguir, estes exames podem oferecer respostas importantes sobre a sua saúde reprodutiva.
Testes de fertilidade feminina mais comuns
Análises ao sangue: Avaliam os níveis hormonais, incluindo:
Hormona folículo-estimulante (FSH): regula o desenvolvimento dos óvulos nos ovários.
Hormona luteinizante (LH): desencadeia a ovulação.
Hormona antimülleriana (AMH): indica a reserva ovárica.
Progesterona: confirma se ocorreu ovulação.
Estradiol: produzido pelos ovários durante o desenvolvimento dos óvulos. Os valores variam ao longo do ciclo.
Prolactina: regula o eixo hipotálamo-hipófise-ovário, afetando a maturação folicular e a ovulação.
Outros testes podem incluir o seguinte:
Ecografias: Permitem observar os ovários, útero e trompas de Falópio. Ajudam a detetar alterações como miomas ou endometriose, que podem afetar a fertilidade. A ecografia transvaginal, feita com uma sonda introduzida na vagina, oferece uma imagem detalhada dos órgãos reprodutores e ajuda a detetar problemas.
Histeroscopia: Consiste na introdução de uma câmara fina (histeroscópio) através do colo do útero para observar o interior do útero. Ajuda a identificar alterações como pólipos, miomas ou cicatrizes, que podem estar a afetar a fertilidade. Caso seja necessário, é possível realizar alguns tratamentos durante o procedimento.
Histerossalpingografia (HSG): Este exame usa um raio-X e um contraste injetado no útero para verificar se há obstruções nas trompas de Falópio, que podem impedir o embrião de chegar ao útero.
Ecografia Histerossalpingo com contraste (HyCoSy): Semelhante ao HSG, mas em vez de raio-X, usa ecografia e um líquido de contraste. Verifica bloqueios ou anomalias, com a vantagem de não necessitar exposição a radiação.
Exame pélvico: O médico avalia a zona pélvica para detetar sinais de infeção, dor ou nódulos. Pode ajudar a identificar condições como quistos, miomas ou doença inflamatória pélvica (DIP).
Teste à clamídia: A clamídia é uma infeção sexualmente transmissível que pode afetar a fertilidade. O médico pode pedir uma amostra de urina ou um teste de Papanicolau para o diagnóstico. Se confirmada, o tratamento é feito com antibióticos prescritos.
Laparoscopia : Cirurgia minimamente invasiva, em que uma câmara fina é inserida através de um pequeno corte no abdómen inferior. Permite observar diretamente o útero, ovários e trompas de Falópio.
Estes testes funcionam em conjunto para ganhar uma visão mais clara da sua saúde reprodutiva e planear os tratamentos corretos e adaptados.
Sintomas de infertilidade feminina
Se está com dificuldades a engravidar, é importante saber a que sinais deve tomar atenção. Muitas mulheres só descobrem que têm problemas de fertilidade depois de meses ou anos a tentar engravidar.
Se já tenta há mais de 12 meses, sem sucesso, deve falar com um especialista em fertilidade. Mas se tem 35 anos ou mais, não espere tanto tempo! Procure ajuda após 6 meses de tentativas, pois uma intervenção precoce pode fazer toda a diferença. Se tem mais de 40 anos, o ideal é procurar ajuda assim que começar a tentar engravidar.
Sintomas mais comuns de infertilidade
Independentemente de há quanto tempo está a tentar, procure ajuda se tiver algum destes sintomas:
Ciclos menstruais irregulares ou ausentes
Menstruações muito dolorosas ou com fluxo menstrual intenso
Dor pélvica (associada, muitas vezes, à endometriose)
Alterações hormonais, como acne, excesso de pelos faciais ou aumento de peso
Histórico de abortos espontâneos
O que é a infertilidade secundária?
A infertilidade secundária acontece quando uma mulher tem dificuldade em engravidar novamente, após já ter tido pelo menos uma gravidez bem-sucedida. Pode estar relacionada com a idade, alterações de saúde ou fatores de estilo de vida. Se isto lhe está a acontecer, fale com um especialista em fertilidade para perceber a causa e explorar as opções disponíveis.
Porque não consigo engravidar? Causas comuns de infertilidade feminina
Existem várias razões pelas quais uma mulher pode ter dificuldade em engravidar. Compreender estas causas pode ajudar a fazer um diagnóstico mais claro e a escolher o tratamento adequado.
Idade avançada e diminuição da reserva ovárica
Como já vimos, com o passar dos anos, o número de óvulos disponíveis diminui naturalmente. Esta redução começa no final dos 20 anos e acelera após os 35. Aos 40 anos, tanto o número como a qualidade dos óvulos é menor, o que pode dificultar a conceção e aumentar o risco de aborto.
Problemas de ovulação
Quando a ovulação é irregular ou não ocorre, torna-se difícil engravidar. As causas mais comuns incluem:
A endometriose acontece quando um tecido semelhante ao do endométrio cresce fora do útero. Isto pode causar inflamação, cicatrizes e dor, e dificultar a chegada do óvulo ao útero ou a sua implantação.
Fatores uterinos
Certas alterações na estrutura do útero podem dificultar a implantação do óvulo fecundado ou a manutenção da gravidez. Exemplos:
Algumas mulheres nascem com alterações anatómicas, como útero bicorno ou útero septado, que podem dificultar a gravidez ou provocar abortos espontâneos. Alguns destes casos requerem tratamento, mas outros não interferem com a gravidez.
Alterações genéticas
Problemas cromossómicos ou doenças genéticas hereditárias podem afetar a fertilidade. Exemplos incluem a síndrome de Turner ou problemas genéticos que interferem no desenvolvimento dos óvulos.
Doenças autoimunes
Nalgumas situações, o sistema imunitário ataca os próprios tecidos reprodutores, prejudicando a fertilidade. Doenças a ter em conta:
Se está a tentar engravidar, existem alguns passos simples que pode seguir para aumentar as suas hipóteses de sucesso:
1. Acompanhe a sua ovulação
Saber quando está a ovular pode fazer toda a diferença. Pode usar kits de previsão da ovulação, aplicações de fertilidade para perceber quais os dias mais férteis, ou acompanhar a temperatura corporal basal.
2. Adote um estilo de vida saudável
Mantenha uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes.
Mantenha um peso saudável.
Evite fumar e reduza o consumo de álcool
Reduza o stress com técnicas de relaxamento ou mindfulness.
3. Procure ajuda médica, se necessário
Se já está a tentar engravidar há mais de 12 meses (ou 6 meses, se tiver mais de 35 anos), o ideal é consultar um especialista em fertilidade. Com apoio médico, é possível identificar causas específicas e traçar um plano adequado.
Assuma o controlo da sua fertilidade
Compreender o seu corpo, reconhecer os sinais precoces de infertilidade e procurar apoio no momento certo pode fazer toda a diferença. Lembre-se: muitas causas de infertilidade feminina são tratáveis e, com a ajuda certa, as probabilidades de engravidar aumentam consideravelmente.
Se está preocupada com a sua fertilidade ou a pensar que pode estar na altura de considerar um tratamento, fale com os especialistas da Procriar. Marque hoje uma consulta sem compromisso e obtenha esclarecimentos sobre a sua saúde de fertilidade.
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